domingo, 30 de março de 2014

PANTEÍSMO

A expressão ‘Panteísmo’ deriva do grego ‘pan’, que tem o sentido de ‘tudo’; e de ‘theos’, que significa ‘Deus’. Desta forma este termo se traduz aproximadamente por ‘tudo é Deus’. Segundo esta doutrina, Deus está presente em todo o Universo, em cada elemento; ela defende igualmente a existência de várias divindades ligadas aos mais variados componentes da Natureza.

De acordo com os panteístas, Deus seria, em relação ao todo, a cabeça, enquanto o Cosmos seria seu aspecto corporal. E convivem igualmente a crença em um único Ser Supremo, e a certeza da existência de diversos deuses conectados aos elementos naturais. Esta doutrina conjuga a esfera mental à dimensão material, e percebe nesta identidade a natureza divina.

O perecível e o eterno se confundem, pois são redutíveis um ao outro, embora se manifestem de forma diferente no plano da realidade, como faces distintas do mesmo evento. O universo, para o Panteísmo, não tem princípio, sendo assim auto-existente; mas pode, com certeza, sofrer mutações. O principal aspecto desta doutrina, porém, é que Deus existe em tudo, em todas as coisas, permeando completamente a sua Criação.

Por outro lado o Panteísmo também se traduz por uma visão mais objetiva, a qual acredita que o mundo tem uma alma, ou um sistema inerente a ele. Normalmente a doutrina panteísta se identifica com o ponto de vista místico, pois seus seguidores nada mais desejam do que se conjugar à Divindade.

A palavra ‘panteísta’ foi utilizada originalmente por John Toland, em 1705. Algum tempo depois, porém, esta denominação foi contestada por Fay, que preferiu batizá-la de ‘Panteísmo’, expressão até hoje adotada por quem se refere a este corpo teórico. Os panteístas não pregam a crença em um Deus que criou o Cosmos, nem vê Nele um Ser que em tudo intervém. Eles apenas percebem na realidade a expressão divina.

Há vários tipos de Panteísmo, sendo os principais o Cósmico, no qual se parte da visão da existência perecível, transitória, permeada pela presença de Deus; o Acósmico, contrário a este, que principia sua compreensão percebendo a dimensão divina, concluindo que ela constitui todo o real; o Hilozoísta, para o qual a divindade é a principal característica do mundo, movendo sua existência; Imanentista, que prega a integração imanente de Deus ao Cosmos; o Monista Absolutista, segundo o qual a divindade é ao mesmo tempo superior ao mundo e semelhante a ele; Monista Relativista, de acordo com o qual o Universo é concreto e se modifica, enquanto a divindade se mantém inalterável.
O Panteísmo é uma das diretrizes religiosas vigentes no Ocidente que mais se identificam ao pensamento filosófico oriental, como o Budista, o Janista, o Taoísta e o Confucionista. O Panteísmo não explica os eventos aparentemente naturais, como a Criação do Universo, o princípio da existência, como provindos de um Ser Supremo.

Para esta doutrina, Deus se identifica com o Cosmos. Os panteístas não adotam locais sagrados e a única norma que seguem é a Lei Natural, vigente também no âmbito da Ciência.
Fontes
http://www.erasmo.kit.net/panteismo.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Panteísmo

DEÍSMO

Deísmo  expressa uma posição filosófica e também religiosa que aceita a ação divina na criação do mundo, convicção esta conquistada não por revelações de Deus, mas sim pela compreensão racional da Divindade, uma percepção que parte do conhecimento das leis que regem a vida e a Natureza. Esta doutrina nasceu no final do século XVII, na Inglaterra, fruto das teorias elaboradas por Lord Herbert Cherbury, o criador do deísmo britânico. Em princípios do século XVIII estas idéias se disseminaram pela França, onde surgiu a expressão que deu nome a este movimento – o deísmo.

Pensadores franceses desta época defendiam que os adeptos desta filosofia não tiveram a oportunidade de se tornar ateus, enquanto no século XIX outros filósofos do mesmo país afirmavam que os seguidores deste movimento nunca desejaram ser descrentes de Deus. Estes conceitos distintos revelam a polêmica em torno da definição concreta do Deísmo.

Pela lógica deste pensamento, que racionaliza a crença em Deus, não há necessidade de se institucionalizar a religião, ou seja, é dispensável a criação de cultos religiosos formais. Ao contrário do teísmo, que também afirma a existência do Criador, gerador de tudo que há, o Deísmo acredita que a interferência desta Divindade no mundo por ela produzido cessa exatamente neste momento. Ele lhe atribui leis que regerão a vida e seus mecanismos, depois deixa sua criação relegada às normas naturais instituídas por Ele; e, além disso, dispensa seus ritos de devoção.

Mas não há um consenso doutrinário nem mesmo entre os próprios deístas. Eles nem mesmo adotam uma doutrina exclusiva. É certo, porém, que eles substituem o conceito de ‘revelação divina’, os atributos dogmáticos e convencionais das religiões, pelo uso da razão, das experiências científicas, bem como pelo conhecimento das leis naturais. Deus, para os deístas, não é exatamente um ser antropomórfico, a quem são atribuídas as características humanas, tanto as físicas quanto as emocionais. Ele pode ser compreendido como o princípio vital que anima tudo que existe, como a energia geradora da vida, ou ainda como o motor que move o Universo. Esta visão, naturalmente, vai de encontro às crenças das religiões ortodoxas.

Os deístas crêem que, se uma revelação realmente se concretiza, ela deve valer apenas para quem a recepcionou, não como uma verdade absoluta e universal imposta a todos. Isto significa ver as diversas religiões como emanações distintas de uma mesma verdade divina, embora esta não seja soberana e ilimitada. Assim, este movimento é fruto do Humanismo que permeava o movimento renascentista, o qual posicionava o Homem como centro de tudo, em contraposição ao Teocentrismo, que defendia ser Deus o centro do Universo. O foco principal da cultura humana se transporta de Deus para o Homem. Neste contexto do nascimento do Deísmo também ocorria uma expansão da Ciência e, portanto, do racionalismo.

Os deístas acreditavam na possibilidade de se criar uma religião natural, de algo que podia ser compreendido por meio do raciocínio. Eles rejeitavam, assim, qualquer fé em milagres ou em acontecimentos sobrenaturais. O Deísmo também defendia que não se podia conhecer a Deus, mas apenas o que ele tinha criado. Era nas leis elaboradas por Deus que o indivíduo deveria se pautar em sua vida. Mas engana-se quem pensa que grande parte dos deístas realmente achava que Deus não interagia de forma alguma com o universo humano, embora alguns assumissem uma posição totalmente agnóstica, pois defendiam que no seu cotidiano o Homem deve se guiar pela Razão.
O Deísmo se difundiu sempre em contextos nos quais o fanatismo imperava, como na Inglaterra, onde ele se estabeleceu em contraposição à Igreja Anglicana e ao radicalismo puritano. Na França este movimento foi disseminado principalmente por Voltaire, que neste país popularizou os escritos deístas ingleses, somados aqui ao sentimento anticlerical dos chamados enciclopedistas. Alguns filósofos, desta forma, acabaram se tornando ateus. Na Alemanha, Kant, um dos principais pensadores alemães, destacava que a moralidade não poderia ser fruto de uma revelação divina, mas era algo inerente à racionalidade humana.

Embora os deístas creiam na existência de vida em esferas que transcendem a matéria, não se deixam seduzir por dogmas ou mitos, e geralmente apresentam alguma espécie de frustração com as religiões tradicionais.
Fontes
http://encfil.goldeye.info/deismo.htm
http://pt.wikipedia.org/wiki/Deísmo

A PARÁBOLA DOS DEZ TALENTOS


"O texto da mensagem de hoje está em São Mateus 25:14-18: "Pois como será o homem que, ausentando-se do país, chamou os seus servos e lhes confiou os seus bens. A um deu cinco talentos, a outro dois e a outro um, a cada um segundo a sua própria capacidade; e então partiu. O que recebera cinco talentos saiu imediatamente a negociar com eles e ganhou outros cinco. Do mesmo modo o que recebera dois, ganhou outros dois. Mas o que recebera um, saindo abriu uma cova e escondeu o dinheiro do seu senhor."

A lição básica da parábola dos dez talentos é a produtividade, e chamemos de produtividade a uma vida vitoriosa, de transformação de caráter ou de aquisição de virtudes da vida cristã. Enfim, a produtividade na vida do cristão, depende do tipo de relação que o servo tem com o seu Senhor.

Os dois primeiros servos da parábola tinham uma relação de amor e confiança para com seu Senhor. O Senhor acreditava neles e eles o amavam, respeitavam e admiravam. Então, quando o Senhor foi embora, eles trabalharam com os talentos que o Senhor lhes deixou. E quando voltou, eles tinham o dobro, como fruto do trabalho das suas mãos. Mas sua produtividade estava ligada ao tipo de relacionamento que tinham com o Senhor. Já o caso do terceiro servo é completamente diferente. O terceiro servo era um poço de amargura, de ressentimento, de ódio disfarçado. Era servo. Servia, trabalhava para o Senhor, mas no fundo, desejava vê-lo morto. No fundo, falava mal dele, não acreditava nele. E todo esse poço de veneno, pode ser resumido nos versículos 24 e 25 do capítulo 25 do livro de Mateus: "Chegando, por fim, o que recebera um talento, disse: "Senhor, sabendo que és homem severo, que ceifas onde não semeaste, e ajuntas onde não espalhates, receoso, escondi na terra o teu talento; aqui tens o que é teu."

Um servo com medo nunca poderá ser um servo produtivo. A primeira coisa que um servo precisa para produzir, é sentir-se amado, compreendido, aceito. O fruto do sentimento maravilhoso de sentir-se aceito, será a produtividade.

Esta Parábola encerra uma das mensagens mais solenes que o cristão precisa entender: o tipo de relacionamento que Deus quer ter com o ser humano. Às vezes nós nos unimos a uma Igreja pensando que estamos tornando-nos cristãos. No entanto, nunca descobrimos o que é cristianismo. Passamos a vida toda freqüentando uma igreja chamada cristã, mas nunca experimentamos o gozo da vida cristã.

Voltemos por um instante ao Jardim do Éden, quando Deus criou Adão e Eva. Ele não os criou para serem robôs programados para obedecer. Deus os criou para que fossem seus filhos. Deus não quer escravos, quer filhos; seres humanos realizados, valorizados, amados, compreendidos. Se olharmos para a Bíblia, veremos que o relacionamento que Deus teve com Adão e Eva, foi um relacionamento de pai para filho. Todos os dias Deus chegava ao jardim e Adão e Eva jogavam-se nos braços do Pai. Havia uma relação de confiança, de amor, de companheirismo. Sabe quando apareceu o medo? Quando o ser humano tentou fazer-se o deus de sua própria vida. Quando ele usou mal a liberdade que Deus lhe confiara. Porque parte do amor de Deus era a liberdade.

Deus nunca poderia dizer "eu amo meu filho", se o tivesse criado sem liberdade. A expressão de seu amor era a liberdade. Liberdade para fazer o bem ou para fazer o mal. Tem muita gente hoje que pergunta: "Pastor, se Deus sabia que o homem ia pecar, por que que colocou no Jardim do Éden uma árvore da ciência do bem e do mal? Por que colocou a possibilidade do mal?"

Meu amigo, veja bem, se Deus, ao criar o mundo não tivesse colocado diante do homem a possibilidade do mal, o ser humano não seria livre. O ser humano seria escravo do bem. Ele seria bom unicamente porque não existia a possibilidade de ser mau. Ele não teria liberdade, não poderia escolher. Seria como um animal dominado pelo instinto para um determinado tipo de vida, incapaz de decidir. Foi por isso que Deus criou o ser humano livre. Mas, quando ele usou mal a sua liberdade, o texto bíblico nos relata que: "Quando ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia, esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as árvores do jardim."

(Gênesis 3:8)

Então veio a grande pergunda que vemos no verso seguinte: "E chamou o Senhor Deus ao homem e lhe perguntou: onde estás?" (Gênesis 3:9)

E desde aquele dia a grande pergunta de Deus tem sido: "Pedro, onde está você? Francisco, Aparecida, Rosa, Maria, Juliana, José, Rubens, onde está você?" E aí vem a resposta do homem. Escondido atrás da árvore, seminu, com vergonha, arruinado, quebrado por dentro, culpado, atormentado pela consciência: "Senhor, tive medo e me escondi."

Meu querido, num cristianismo sadio, não pode haver lugar para o medo. O medo é fruto do pecado. Antes da entrada do pecado não existia medo. Deus nunca desejou que no relacionamento que Ele tivesse com Seus filhos, existisse a palavra medo. O medo é fruto do pecado.

O que acontece em nossos dias, porém, em nome de Deus e em nome da religião? Muitos líderes religiosos estão criando a religião do medo. Ensinam a temer a Deus, ensinam a ver Deus como aquele soberano sentado em Seu trono, com uma vara na mão, olhando para a Terra, com o objetivo de ver quem é o malcriado que se comporta mal, para castigá-lo. Desde criancinhas crescemos com este conceito: se eu for bom, Deus me ama. Se eu não for bom, Deus não me ama. E crescemos pensando assim. E um dia você bate com o carro e a primeira coisa que imagina é: "o que estará errado em minha vida?" Alguém fica doente em sua família e a primeira coisa que você imagina é: "Que pecado oculto haverá em minha vida para que a doença atinja minha família?" Você perde o emprego, e o primeiro pensamento que lhe passa pela cabeça é "Deus está me castigando, porque fiz isto ou aquilo".

O inimigo é terrível! Quando alguma provação chega à sua vida, quando surge algum momento difícil, imediatamente ele faz você lembrar de todas as coisas erradas de seu passado. E a conclusão a que você chega é: eu não presto, estou sofrendo porque Deus está me castigando, não posso orar a Deus porque Ele não ouvirá minha oração.

Querido, a religião do medo é a pior coisa que pode acontecer nesta vida. Sabe por quê? Porque o inimigo vai fazer de tudo para levar você para uma vida de pecado e miséria. Mas, se o inimigo não puder mantê-lo no erro, então vai permitir que você volte para Deus, pelos motivos errados. E um dos motivos errados para você se aproximar de Deus, é o medo. Você nunca pode se aproximar de Deus pelo medo. É por isso que se você é um líder religioso, não pode levar a Igreja a um reavivamento autêntico, provocando medo nas pessoas: "Ah, temos que nos preparar porque os juizos de Deus já estão chegando! Temos que mudar de vida porque senão seremos atingidos pela ira de Deus! Temos que nos preparar porque talvez no ano 2000 Cristo volte à Terra!" Não! Se você se preparar por medo, sua preparação não vale nada. Se você se aproximar de Deus por medo, seu cristianismo não vale nada. Por medo, unir-se a uma Igreja, ser batizado e tentar cumprir tudo que Deus pede, não vale. Por medo, para não sofrer os castigos de Deus, para não receber a maldição, para que tudo vá bem! Mas, sabe quando você vai ver a fragilidade de sua triste religião? Quando chegar o momento da pressão, da provação, das dificuldades.

O terceiro servo da parábola não sabia que tinha medo de Deus. Ele pensava que era mais um servo, mais um membro da Igreja. Ele não sabia que odiava Seu Mestre. Ele não estava consciente do conceito que ele tinha de Deus. As acusações que saíram de sua boca, os impropérios de seu coração apareceram quando chegou o momento do ajuste de contas. Quando viu que o servo que recebera cinco devolvera dez; o que recebera, dois devolvera quatro; e ele que recebera um, não tinha nada. Foi aí que ele confrontou-se com a sua realidade. Ele não amava seu Senhor. Tinha um monte de acusações. Na sua opinião, o senhor era injusto: colhia o que não havia plantado! Cobrava o que não havia semeado. Então disse: "... receoso, escondi na terra o teu talento." (Mateus 25:25)

A minha pergunta é: "qual é o tipo de cristianismo que você pratica? Você tem medo de Deus ou é atraído a Ele pelo seu maravilhoso amor? Que tipo de cristianismo lhe ensinaram? Pois, desde o momento que você entrou na Igreja, tem que se portar direitinho, porque, senão , você poderá receber os castigos divinos? É este o tipo de cristianismo que lhe ensinaram? Então você não entendeu o Evangelho, porque o cristianismo é um relacionamento de amor com o Senhor Jesus. Cristianismo é enamorar-se de Jesus, apaixonar-se por Jesus, entregar-Lhe a vida. Colocar a mão no braço de Jesus e dizer assim: "Senhor, leva-me pelos caminhos desta vida."

Você não pode querer portar-se bem para ser amado. Precisa, primeiro, ser amado para poder portar-se bem. O filho que sente o amor do Pai é o que melhor se desenvolve. Não teme o futuro nem os desafios porque sabe que está ao lado do Pai e Ele o ama com um amor incondicional. A produtividade na vida cristã depende do tipo de relacionamento que você tem com Jesus.

Você acha que só porque caiu uma vez, Deus o detestou? Você acha que porque escorregou cinco, dez vezes, Deus não acredita mais em você? Ah, querido, a Bíblia está cheia de exemplos, de um Pai que espera, que procura, que chama e que não perde as esperanças. Aceite este amor hoje mesmo.
ORAÇÃO

Pai querido, obrigado por Teu amor infinito. Ah, Senhor, nunca poderemos entender a imensidão deste Amor, mas, obrigado, porque o que seria de nós se não nos amasses tanto. Agora, aceita esta oração e a oração sincera de tantas pessoas que estão falando em seus corações Contigo, aí onde estão. Em nome de Jesus. Amém.

domingo, 23 de março de 2014

O que é o Budismo e em que os budistas acreditam?

Pergunta: "O que é o Budismo e em que os budistas acreditam?"

Resposta:O Budismo é uma das religiões mundiais principais em termos de seguidores, distribuição geográfica e influência sócio-cultural. Enquanto é grandemente considerado uma religião "Oriental", está se tornando cada vez mais popular e de grande influência no mundo Ocidental também. O budismo é uma religião bastante peculiar, pois é uma religião bastante semelhante ao hinduísmo no fato de que ambos são chamados de religiões "orientais", ambos acreditam em Carma (ética de causa e efeito), Maya (natureza criativa e mágica da ilusão), Samsara (o ciclo de reencarnação), entre outras coisas. Os budistas acreditam que o objetivo principal da vida é o de alcançar a “iluminação”, como eles acham que ela existe.

O seu fundador foi Siddhartha Guatama. Ele nasceu à realeza na Índia mais ou menos 600 anos antes de Cristo. Como a história conta, ele viveu e cresceu de forma bastante luxuosa; chegou até mesmo a se casar e ter filhos com pouca exposição ao mundo externo. Seus pais queriam que ele fosse poupado da influência à religião ou da exposição à dor e sofrimento. No entanto, não demorou muito até que o seu abrigo fosse “invadido” e ele viu rapidamente um homem idoso, um homem doente e um cadáver. Sua quarta visão foi a de um monge sereno e asceta (um que nega qualquer tipo de luxo e conforto). Ao ver a sua serenidade, Buda decidiu se tornar um asceta também. Ele abandonou sua vida de riquezas e afluência para ir atrás da iluminação através da austeridade. Ele era muito talentoso nesse tipo de auto-mortificação e meditação intensa e era visto como um líder entre os seus companheiros. Eventualmente ele permitiu que seus esforços culminassem em um gesto final. Ele cedeu à sua “indulgência” e comeu uma tigela de arroz e sentou embaixo de uma figueira (também chamada de árvore Boddhi) para meditar até atingir a iluminação ou até morrer. Apesar de tantas angústias e tentações, ao nascer do dia seguinte, ele tinha finalmente alcançado a iluminação à qual tanto almejava. Por isso ele ficou conhecido como o ‘ser iluminado’ ou ‘Buda’. Ele então pegou tudo o que tinha aprendido e começou a ensinar seus monges companheiros, com os quais já tinha alcançado grande influência. Cinco de seus companheiros se tornaram os primeiros de seus discípulos.

O que Guatama descobriu? Iluminação encontra-se no "meio do caminho", não com indulgências luxuosas nem com auto-mortificação. Além disso, ele descobriu o que ficou conhecido como as ‘Quatro Verdades Nobres’ – (1) viver é sofrer (Dukha), (2) sofrimento é causado pelo desejo (Tanha, ou “apego”), (3) uma pessoa pode eliminar sofrimento ao eliminar todos os apegos e desejos, e (4) isso é alcançado ao seguir-se o caminho das oito vias nobres. Esse caminho consiste de obter o entendimento correto, o pensamento correto, a palavra correta, a ação correta, o modo correto de existência (ser um monge), o esforço correto (direcionar as energias corretamente), a atenção correta (meditação) e a concentração correta (foco). Os ensinamentos de Buda foram colecionados no Tripitaka, ou “três cestos de flores”. [Win Corduan, Neighboring Faiths (IVP, 1998): 220-224].

Além desses ensinamentos bastante distintos, encontramos ensinamentos comuns ao Hinduísmo, tais como a Reencarnação, Maya, e uma tendência de compreender a realidade como sendo Panteísta em sua natureza. O Budismo também pode ser difícil de se caracterizar quanto à sua opinião de Deus. Alguns ramos do Budismo podem ser legitimamente chamados de ateístas, enquanto outros podem ser chamados de panteístas, e outros podem até ser chamados de teístas, tais como o budismo da Terra Purra. O budismo clássico, no entanto, tende a ser silencioso sobre a realidade de um ser superior e é, portanto, considerado ateísta.

Hoje em dia o Budismo é bastante diversificado. Pode ser dividido em aproximadamente duas categorias: Theravada (pequeno veículo) e Mahayana (grande veículo). Theravada é a forma monástica que reserva a grande iluminação e nirvana aos monges, enquanto o Budismo Mahayana estende esse objetivo de alcançar a iluminação aos leigos também, quer dizer, aos que não são monges. Sob essas duas categorias, podemos encontrar vários ramos do Budismo, tais como Tendai, Vajrayana, Nichiren, Terra Santa, Zen, Ryobu, entre outros. Portanto, é importante que aqueles que não pertencem ao Budismo e que estão tentando compreender essa religião não presumam conhecer todos os detalhes de uma certa divisão do Budismo quando tudo que estudaram foi apenas o Budismo histórico clássico. (Corduan, 230).

É importante estar ciente de que o Buda nunca se considerou um deus ou um ser divino de qualquer forma. Ao contrário, ele se considerava uma pessoa que “mostrava o caminho” para outras pessoas. Apenas depois de sua morte ele foi exaltado a uma figura divina por alguns de seus seguidores, mas nem todos os seus seguidores o enxergaram assim. Com o Cristianismo, no entanto, a Bíblia deixa bem claro que Jesus era o Filho de Deus (Mateus 3:17 “E eis que uma voz dos céus dizia: Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo”) e que Ele e o Pai são um (João 10:30 “Eu e o Pai somos um”). Uma pessoa não pode considerar-se um Cristão verdadeiro sem professar fé em Jesus Cristo como Deus.

Jesus ensinou que Ele é o Caminho, e não apenas um que mostrava o caminho, assim com João 14:6 confirma: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim”. Quando Guatama morreu, o Budismo tinha se tornado de grande influência na Índia; trezentos anos depois de sua morte, o Budismo tinha se espalhado tanto, que tinha rodeado por grande parte da Ásia. As escrituras e dizeres atribuídos a Buda foram escritos mais ou menos quatrocentos anos depois de sua morte. Esse atraso no período entre sua morte e a escrita ou comentário que continha sua mensagem abre as portas a vários desafios que estudiosos podem argumentar sobre a autenticidade e confiabilidade das escrituras budistas.

Buda viveu e morreu bem antes do tempo de Jesus. Suas viagens nunca o levaram a mais de duzentos quilômetros de distância de sua casa. Aparenta ser o caso que Buda não conhecia a Bíblia e sua mensagem. Ele, na verdade, nunca falou sobre Deus, ou Jesus; consequentemente, os budistas geralmente não mencionam Deus como os Cristãos o fazem. Em sua forma clássica, o Budismo não menciona nenhum Deus pessoal ou Ser Divino.

O pecado é compreendido como ignorância. E onde é entendido como alguma forma de “erro moral”, o contexto no qual “bem” e “mal” são compreendidos é amoral. O Carma é compreendido como sendo o equilíbrio da natureza e não é reforçado de uma forma pessoal. A natureza não é moral, portanto, o Carma não é um código moral, e o pecado não é, no fim das contas, moral. Por isso podemos dizer, de acordo com o pensamento budista, que nosso erro, no final das contas, não é moral já que é apenas um engano impessoal e não uma violação interpessoal. A consequência que surge desse tipo de compreensão é devastadora. Para o budista, o pecado é mais um engano do que uma transgressão contra a natureza do Deus onipotente. Esse entendimento do pecado não concorda com a consciência moral inata de que os homens são condenados por causa de seu pecado diante de um Deus Santo (Rom. 1-2).

A crença de que o pecado é um erro impessoal que pode ser consertado não vai de acordo com a doutrina da depravação total, a qual é uma básica doutrina do Cristianismo. A Bíblia nos diz que o pecado do homem é um problema de consequências eternas e infinitas. As opiniões budistas sobre o pecado nem se comparam. De acordo com o Budismo, não existe a necessidade de um Salvador para resgatar as pessoas de seus pecados condenadores. Para o Cristão, Jesus é a única forma de resgate da punição eterna de seus pecados pessoais e imputados. Para o budista, existe apenas uma forma de vida ética e apelos através de meditações a seres exaltados com a esperança de talvez alcançar iluminação ou Nirvana. Mas provavelmente certa pessoa terá que passar por várias reencarnações para pagar pela grande acumulação de débito relacionado ao carma. Para os verdadeiros seguidores do Budismo, essa religião é uma filosofia de moralidade e ética, encapsulada em uma vida de renúncia do próprio ego. Uma pessoa pode apelar a inúmeros Boddhisatvas ("Budas em formação") ou Budas (Gautama é visto mais tarde como um de muitos budas) (Ibid., 229). No fim das contas, a realidade é impessoal e não-relacional; portanto, não é amorosa. Deus não só é visto como ilusório, mas ao dissolver o pecado a um erro não moral e ao rejeitar toda realidade material como maya ("ilusão"), até mesmo nós “nos” perdemos. A personalidade em si se torna uma ilusão.

Quando perguntado como o mundo começou, quem/o que criou o universo, o Buda mantém-se em silêncio, pois no Budismo não há início nem fim. Existe, ao invés, um círculo sem fim de nascimento e morte. Alguém teria que se perguntar que tipo de Ser nos criou para morrer, passar por tanto sofrimento e dor, para então morrer tantas e tantas vezes? Pode causar alguém a contemplar: qual é o propósito e por que se importar? Os Cristãos sabem que Deus enviou o Seu filho para morrer por nós, apenas uma vez, para que não tenhamos que sofrer por toda a eternidade. Ele enviou Seu Filho para nos dar conhecimento do fato de que não estamos sozinhos e de que somos amados. Os Cristãos sabem que há mais para essa vida do que apenas sofrimento e morte. 2 Timóteo 1:10 nos diz: “E que é manifesta agora pela aparição de nosso Salvador Jesus Cristo, o qual aboliu a morte, e trouxe à luz a vida e a incorrupção pelo evangelho”.

O Budismo ensina que Nirvana é o estado mais elevado e mais puro de existir, alcançado apenas através de meios relativos ao indivíduo. O Nirvana desafia a explicação racional e ordenação lógica e, portanto, não pode ser ensinado, apenas percebido. O ensinamento de Jesus sobre o céu, ao contrário, foi bem específico. Ele nos ensinou que nossos corpos físicos morrem, mas que nossas almas ascendem para ficarem com Ele no céu. Marcos 12:25 diz: “Porquanto, quando ressuscitarem dentre os mortos, nem casarão, nem se darão em casamento, mas serão como os anjos que estão nos céus”. Buda ensinou que as pessoas não têm almas individuais, pois o ser individual (ou ego) é apenas uma ilusão. Para o budista, não existe um Pai misericordioso no céu que enviou o Seu Filho para morrer por nossas almas e por nossa salvação a fim de providenciar o caminho para que possamos alcançar a Sua glória. No fim das contas, esse é o motivo principal para que o Budismo seja rejeitado.

domingo, 16 de março de 2014

JESUS RISCOU NOSSA CÉDULA DE DÍVIDA

JESUS RISCOU NOSSA CÉDULA DE DÍVIDA

A CÉDULA QUE ERA CONTRA NÓS!
"Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. E, despojando os principados e potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, Que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo". - Colossenses 2.14-17
Amados e queridos irmãos, vamos analisar à luz da Palavra de Deus o texto acima citado, o qual é maravilhoso e digno de uma detalhada apreciação.
Poderemos começar, com a seguinte pergunta: Porque Jesus Cristo morreu na cruz do Calvário? Porque a cruz? Porque tinha que ser assim? O que a crucificação de Jesus, proporcionou para a vida do ser humano?
O texto em analise começa nos dizendo que Jesus Cristo riscou a cédula de dívida que era contra nós.
Que dívida era essa que havia contra nós?
A dívida era o nosso pecado, e jamais poderíamos pagá-la.
A expressão riscar, no original grego é o mesmo que apagar, limpar (expressões semelhantes às utilizadas nos seguintes textos Apocalipse 7.17; 21.4).
O autor da epistola aos colossenses, faz aqui uma referencia ao ato de apagar a tinta de um pergaminho por meio de um líquido como, por exemplo, o Acido Muriático, usando uma esponja umedecida. Após esse processo, nenhum resquício da tinta podia ser visto. Tudo era apagado. Aleluia!
Então, foi exatamente isso que Jesus fez, apagou, limpou, riscou a nossa cédula de dívida. Passou uma esponja e não deixou mais nenhum resquício.
Prosseguindo nossa analise, observamos que a “cédula era contra nós”, ou “contraria a nós”, ou ainda “desfavorável a nós”.
Esta cédula era a Lei.
Toda a Lei de Moisés era contra nós e contraria a nós.
A Lei não previa redenção – Só condenação.
O texto sagrado nos fala de “ordenanças”, que no original grego é o mesmo que “dogmas”.
Os escribas, ou seja, os copiadores e interpretes da Lei dividiram-na em 248 afirmativas, correspondendo cada uma com um membro do corpo e 365 negativas, que correspondiam a cada dia do ano, totalizando 613 ordenanças e mandamentos.
Como a Lei de alguma maneira era contraria a nós, pois por ela jamais alcançaríamos a salvação, o Senhor Jesus a “tirou do meio de nós”. Aleluia! Para que não permanecêssemos debaixo de sua maldição.
E cravou-a na cruz. Aleluia!
Isto mesmo.
Jesus Cristo cravou a nossa cédula de divida que era a Lei na cruz do Calvário.
Afirma-se que leis antigas eram revogadas quando eram pregadas em um poste.
Foi num madeiro infamante que nosso amado Senhor, cravou a nossa cédula de dívida e “tirou-a do meio de nós”. Aleluia.
O Senhor Jesus Cristo crucificou aquilo que nos trazia culpa, condenação e morte. (Romanos 3.19,20; 6.23; 8.2,3; 2 Coríntios 3.4-11; Efésios 2.14-16).
Maravilhoso, não é verdade?
Mas o texto sagrado nos diz ainda que o Senhor “despojou principados e potestades”. Aleluia!
Despojar é o mesmo que privar da posse, tirar à força.
Quando uma nação vencia uma guerra, seus soldados traziam os despojos da nação que fora vencida.
Jesus venceu uma grande batalha, travada na cruz do Calvário, e, então, Ele tendo sido vencedor, despojou o Diabo com todas as suas potestades, tirando-nos a força das suas garras malignas. Dessa forma o Diabo foi despojado do poder que tinha que pela transgressão da Lei, condenar e matar o homem por meio do pecado. Aleluia!
Já estamos terminando, mas há algo ainda que precisamos saber, e isto é de suma importância para nossa vida cristã.
Paulo, o autor da epistola aos Colossenses, evidentemente inspirado pelo Espírito Santo, após nos trazer esta grande revelação sobre a crucificação e a quitação do nosso débito, a cédula de dívida que era contra nós, mas, que foi cravada na cruz, agora, ele nos ensina o seguinte: “Ninguém vos julgue pelo comer, pelo beber, ou por causa de dias de festas, ou da lua nova ou dos sábados.”(1 Coríntios 10.31).
É algo tremendo, não é verdade?
Os judeus tinham que cumprir toda a Lei e um extenso calendário de festas, luas novas e sábados, que os mantinham ocupados, presos e escravizados durante o ano inteiro (qualquer semelhança é mera coincidência). O não cumprimento gerava culpa e condenação.
Amados, a Boa Nova é que na Nova Aliança, celebrada por Jesus na última ceia, quando tomando o cálice Ele disse: Este é o cálice da Nova Aliança, no meu sangue...Aleluia! Nós estamos livres da culpa, do jugo, do fardo pesado e enfadonho, das regras e ordenanças impostas por homens cruéis. (Romanos 14.5,6; Gálatas 4.9,10).
Na Nova Aliança, temos apenas duas ordenanças, a ceia e o batismo nas águas.

Aleluia!
Que o Senhor nos abençoe.
Fonte: Site Pr. Carlos Santos