sexta-feira, 11 de março de 2011

DONS ESPIRITUAIS

O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO

“PORQUE, NA VERDADE, JOÃO BATIZOU COM ÁGUA,
MAS VÓS SEREIS BATIZADOS COM O ESPÍRITO SANTO,
NÃO MUITO DEPOIS DESTES DIAS”.
At. 1.5


A preposição “com” é a partícula grega “en”, que pode ser traduzida como “em” ou “com”.
O crente quando é batizado no Espírito Santo, recebe a “virtude” (Jo. 1.8). O termo original para “virtude” é a palavra “DUNAMIS”, que significa “poder real; poder em ação”.
O propósito principal do Batismo no Espírito Santo é o recebimento de poder divino para testemunhar de Cristo, para ganhar os perdidos para Ele, e ensinar-lhes a observar tudo quanto Cristo ordenou.
Sua finalidade é que Cristo seja conhecido, amado, honrado, louvado e feito Senhor do povo de Deus. (Mt. 28. 18-20; Lc. 24. 49; Jo. 5.23).
Poder (gr. dunamis) significa mais do que força ou capacidade; designa aqui, principalmente, o poder divino em operação, em ação.
Note que neste versículo Lucas não relaciona o batismo no Espírito Santo com a salvação e regeneração da pessoa.

Uma das doutrinas principais das Escrituras é o Batismo no Espírito Santo, porque Ele outorgará ao crente ousadia e poder celestial, para este realizar grandes obras em nome de Cristo, e ter eficácia no seu testemunho e pregação. (At. 2. 14-41; I Co. 12.7).

O Batismo no Espírito Santo ocorre uma só vez na vida do crente e move-o à consagração à obra de Deus, para assim, testemunhar com poder e retidão. A Bíblia fala de renovações posteriores ao batismo inicial do Espirito Santo (cf. At. 2.4; Ef. 5.18). O Batismo no Espírito Santo conduz, então, o crente a um relacionamento íntimo com o Espírito Santo, que deve ser renovado e conservado.

Lá no Velho Testamento, no livro do Profeta Joel, encontramos umas das mais belas profecias, com relação ao Batismo com o Espírito Santo.
( Joel 2. 28-32)

A DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO

É essencial que os crentes reconheçam a importância do Espírito Santo no plano divino da redenção. Sem a presença do Espírito Santo neste mundo, não haveria a criação, o universo, nem a raça humana (Gn. 1.2; Jó 26.13; Sl. 104.30). Sem o Espírito Santo, não teríamos a Bíblia (2 Pe 1.21), nem o NT (Jo 14.26), nem poder para proclamar o evangelho (At. 1.8). Sem o Espírito Santo, não haveria fé, nem novo nascimento, nem santidade e nenhum cristão neste mundo.

A PESSOA DO ESPÍRITO SANTO

Através da Bíblia, o Espírito Santo é revelado como PESSOA, com sua p´ropria individualidade (2 Co 3. 17,18; Hb. 9.14; I Pe 1.2).
Ele é uma pessoa Divina com o Pai e o Filho, Ele não é mera influência ou poder.
Ele tem atributos pessoais, a saber:

ELE PENSA (Rm 8.27)
SENTE (Rm 15.30)
DETERMINA (I Co. 12.11)
ELE TEM A FACULDADE DE AMAR E DELEITAR-SE NA COMUNHÃO. (JO. 14. 16-18).

À luz destas verdades, devemos tratá-lo como pessoa, que é, e considerá-lo Deus vivo e infinito em nosso coração, digno de nossa adoração, amor e dedicação.

DONS ESPIRITUAIS

Para realizar o trabalho do Senhor, o mesmo outorga dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo de Cristo.
Estes dons são uma manifestação do Espírito, através dos Santos, visando ao bem de todos (I Co 12. 7-11).
O Espírito Santo é o agente que implanta os crentes no corpo de Cristo, que é a sua igreja e que permanece nela, edificando-a, e nela inspirando a adoração a Deus, dirigindo a sua missão, escolhendo seus obreiros e concedendo-lhe dons, escolhendo seus pregadores, resguardando o evangelho contra os erros e efetuando a sua retidão. (I Co 3.16; Ef. 2.22; Fp. 3.3; 2 Tm 1.14; Jo 16. 8; I Co 3.16).

As diversas operações do Espírito são complementares entre si, e não contraditórias. Ao mesmo tempo, essas atividades do Espírito Santo formam um todo, não havendo plena separação entre elas.
Os termos que a Bíblia emprega para os dons espirituias descrevem a sua natureza.
Dons Espirituais (gr. pneumatika, derivado de pneuma, “espírito”). A expressão refere-se as manifestações sobrenaturais concedidas como dons da parte do Espírito Santo, e que operam através dos crentes.
Dons ou “dons da graça” (gr. charismata, derivado de charis, “graça”), indicam que os dons espirituais envolvem tanto a motivação interior da pesoa, como o poder para desempenhar o ministério referente aos dons.

“MAS A MANIFESTAÇÃO DO ESPÍRITO
É DADA A CADA UM PARA O QUE FOR ÚTIL.”
I Co. 12.7

EIS AÍ, A RELAÇÃO DOS DIVERSOS TIPOS DE DONS COM SUAS RESPECTIVAS EXPLICAÇÕES:

DOM DA PALAVRA DA SABEDORIA: trata-se de uma mensagem vocal sábia, enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma situação ou problema específico. (At 6.10; At 15. 13-22).

DOM DA PALAVRA DO CONHECIMENTO: Trata-se de uma mensagem vocal, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de circunstâncias ou de verdades bíblicas.

DOM DA FÉ: Não se trata da fé para a salvação, mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo, capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias e milagrosas. É a fé que remove montanhas (At. 13.2), e que frequentemente opera em conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os milagres (Mc 11.22-24; Lc 17.6).

DONS DE CURA: Esses dons são concedidos à igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais. Os dons de curas não são concedidos a todos os menbros do corpo de Cristo. (Mt. 4. 23-25; At 3. 6-8)

DOM DE OPERAÇÃO DE MILAGRES: trata-se de atos sobrenaturais de poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se manifesta o reino de Deus contra Satanás e os Espíritos malignos. (Jo 6.2)

DOM DE PROFECIA: É preciso distinguir a profecia aqui mencionada. Como dom ministerial na igreja (Ef. 4.11), a profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como ministros profetas.
Como manifestação do Espírito a profecia esta disponível a todo cristão cheio Dele.

DOM DE DISCERNIMENTO DE ESPÍRITOS: trata-se de um dom do Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não. No fim dos tempos quando os falsos mestres e a distorção do cristianismo bíblico aumentarão muito, esse dom espiritual será extremamente importante para a igreja. (I Tm 4.1; Jo 4.1).

DOM DE VARIEDADE DE LÍNGUAS: No tocante as línguas (gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito, essas línguas podem ser humanas e vivas (At. 2.4-6), ou uma língua desconhecida na terra “línguas dos anjos”. A língua falada através deste dom não é aprendida e quase sempre não é entendida, tanto por que fala, quanto por quem ouve.
O falar noutras línguas como dom abrange o espírito do homem e o espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão direta com Deus, expressando-se através do Espírito mais do que da mente. e orando tanto por si próprio quanto por outrem através do Espírito.

DOM DE INTERPRETAÇÃO DE LÍNGUAS: trata-se da capacidade concedida pelo Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o significado de uma mensagem dada em línguas. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem. (I Co. 14. 6, 13, 26).

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